segunda-feira, 6 de junho de 2011

ESTUDAR MEDICINA NO EXTERIOR - FANTÁSTICO 05-06-2011


Gostei da reportagem, acho que mostrou a dificuldade que os alunos encontram, seja ela financeira ou para revalidar o diploma.
Mas, acho que poderiam ter expandido um pouco mais, poderiam mostrar outras universidades, mostrar outros alunos, mostrar mais pessoas que trabalham no Brasil e que conseguiram a validação.


Agora um pouco da minha opnião sobre essa situação:


Só quem estuda no exterior sabe a real dificuldade que encontramos, que as coisas não são tão fáceis com as pessoas pintam, que não temos vestibular, mas temos o CBC que não é nada fácil, que fazemos muitas provas durante o ano e que se não passarmos nessas provas também não temos a vaga.
A maioria das pessoas acham que os alunos que escolhem estudar medicina no exterior é porque o vestibular de medicina no Brasil é muito difícil, mas eu acho que a maioria opta pelo ensino no exterior por um motivo maior, que é a falta de renda para pagar as mensalidades absurdas que são cobradas, faça-me um favor né, mensalidades em torno de R$ 4000 para cima, que é isso minha gente, para depois a pessoa se sujeitar a prestar um concurso público e muitas vezes não ganhar isso por mês, dá licença né!!!
E tem mais, nas universidades públicas ou privadas nos outros países do Mercosul, "não tem um limite de vagas" como é no Brasil, que estipulam 80-100 vagas por universidade, ou seja a concorrência é outro absurdo.
Enquanto por exemplo aqui na Argentina se você passar no CBC tem sua vaga na universidade e pronto, então acho que isso também é um bom motivo para escolher estudar nos países vizinhos ao Brasil.

Agora, o que os nosso colegas esquecem de dizer é que o ensino no Brasil também não está essas maravilhas todas, vamos a alguns dados:


Dos estudantes de medicina que se diplomaram pelas universidades do Estado de São Paulo no ano de 2006, 38% foram reprovados numa prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). No exame anterior, em 2005, o índice de reprovação havia sido de 31%.
A prova não é obrigatória nem tem valor oficial - o médico reprovado pode trabalhar normalmente -, mas é uma das formas que o Cremesp encontrou para comprovar que existem escolas médicas demais no País e com ensino longe do ideal.
E a coisa tende  a piorar, vejam só:
Em 2010, apenas 12,9% dos formandos em medicina inscritos no exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp)  foram aprovados no teste da entidade. A prova, não é obrigatória, é aplicada a estudantes que cursaram, em 2010, o sexto ano de medicina no estado de São Paulo. 
No total, 656 alunos se inscreveram e apenas 85 foram aprovados nas duas fases do teste.
Entre os 656 inscritos, 533 alunos compareceram à primeira etapa do exame. Desses, 306 (57%) foram aprovados, o que exigiu acerto de 60% das questões. Dos 306 estudantes que passaram na primeira fase, 264 compareceram à segunda etapa e apenas 85 (32% dos que compareceram à segunda fase) foram aprovados. A nota mínima exigida na segunda etapa era 6.
Chamou a atenção o baixo índice de acertos em ciências básicas (54,14% de acertos), saúde pública/epidemiologia (54,78%) e clínica médica (56,77%).
A reprovação na segunda etapa atingiu 68%.



Esses são os médicos que vão nos atender nos consultórios e hospitais, e o povo fica reclamando dos médicos formados no exterior, que é isso gente???
Chega de preconceito né. Tem espaço para todos. 
Acho sim que tem que ter a prova de revalidação, mas não só para os estudantes brasileiros que se formam no exterior, acho que deveria existir o mesmo estilo de prova que é aplicado para a OAB, para todas as profissões, não só para Medicina, aí sim veríamos qual a real capacidade dos formandos brasileiros.

Acho que toda essa situação vai mudar, está tendo muita repercussão, e vamos colocar fé nesse acordo do Mercosul, porque o Brasil não é melhor que os outros, somos todos iguais.

2 comentários:

  1. Um grande ponto interessante nessa reportagem também: é que as faculdades na Bolivia que foram mostradas são de péssima qualidade.

    Não são uma USP, UBA, etc.

    Os caras estudando com um fóssil??? Que absurdo!!

    É bem isso mesmo Patricia: o problema aqui é o excessivo preço das faculdades!!

    Abs

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  2. ola,meu nome é aline.
    estou pretendendo estudar no exterior,sou fisioterapeuta...por enquanto procuro universidades que possa ingressar como portadora de diploma. caso saiba de alguma,pode entrar em contato comigo? alinegomesdias@hotmail.com
    abraços.

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