quinta-feira, 11 de agosto de 2011

FORMAS DE RECEBER DINHEIRO ESTANDO EM BUENOS AIRES


Quando decidimos nos mudar para Buenos Aires ou para qualquer outro país uma das últimas coisas que paramos para pensar é: 
Como vou receber o dinheiro que minha família vai me enviar? É fácil para eles mandarem o dinheiro? É fácil retirar o dinheiro por lá? Como será que funciona o uso dos cartões de crédito? O banco que tenho conta existe na Argentina? Tem taxas para saque e se tiver quais os valores cobrados pelos bancos? E se eu não tiver conta em banco como farei?

São muitas as perguntas que deveríamos nos fazer antes de chegar em Buenos Aires, e esse detalhe mais do que importante deveria estar relacionado no topo do nosso planejamento, mas na verdade costumamos pensar nisso quando já estamos por aqui, aí é que vai "cair a ficha".

Existem algumas maneiras de trabalhar com dinheiro por aqui, algumas mais caras que outras, vamos as possibilidades.

1. Saque em banco 

Alguns bancos que existem no Brasil, tem aqui também, como Itaú, Banco do Brasil, Santander Río, entre outros, mas como sempre, tem alguns inconvenientes, em primeiro lugar os sistemas desses bancos não se comunicam entre países, então não adianta pensar: ah que bom, eu tenho conta no Itaú e para mim será mais fácil, nada disso, o sistema brasileiro é um e o argentino é outro. Você consegue sacar dinheiro aqui? Consegue, mas não consegue fazer mais nada além disso. Verificação de extratos, somente pela internet ou seja, não consegue fazer nada pelos caixas eletrônicos.
Outro detalhe IMPORTANTISSÍMO é que para fazer saques por aqui é necessário ter um CARTÃO INTERNACIONAL, pode ser só o de débito mesmo, mas tem que ser internacional.
Se seu cartão não é internacional você terá que ir no seu banco, conversar com o gerente e solicitar um, outra coisa que não pode esquecer de jeito nenhum é pedir para desbloquear seu cartão para uso internacional e pelo maior tempo possível, porque se não desbloquear, chegará aqui e não vai conseguir fazer nenhum tipo de movimentação.
Eu nunca consegui usar meus cartões de banco para fazer débitos por aqui, somente saque mesmo.
Agora vamos "falar" um pouquinho sobre as inconvenientes taxas cobradas. O Banco do Brasil costuma cobrar (depende do tipo de conta) a partir de 2,50 dólares + 16,50 pesos por cada saque de 1000 pesos, podendo somente fazer 02 saques de 1000 pesos por dia, e não pode sacar 2000 pesos de uma vez, tem que sacar 1000 e depois mais 1000, eu sei que é um absurdo, perdemos muito dinheiro, mas essas são as normas, fora que também perdemos muito na taxa do câmbio. Alguns tipos de conta do Banco do Brasil chega a cobrar taxas mais altas, e alguns bancos além dessas taxas ainda chegam a cobrar 2,5% sobre o valor do saque, então é bom ir no seu banco conversar com seu gerente.
A taxa de 16,50 pesos é fixa, para qualquer saque, em qualquer banco será cobrado isso, é uma taxa cobrada pelos bancos argentinos.

2. Cartão de crédito internacional

Pode ser usado para tudo, antes do aumento do IOF compensava mais que agora, mas ainda é uma uma válvula de escape. É bom ter um cartão de crédito internacional para os apertos, se a família de repente esquecer ou atrasarem o envio do dinheiro, pelo menos você tem como sacar com o cartão de crédito, isso se seu cartão de crédito tiver limites para saques, claro que saques com cartão de crédito é péssimo, as taxas cobradas pelas operadoras de cartão são abusivas, mas como "falei" antes é uma saída.
Também tem que ser desbloqueado para ser utilizado por aqui, pede para desbloquear para uso internacional por tempo indeterminado ou o máximo de tempo que for possível, e outra se você não percebeu ao ler, tem que ser CARTÃO DE CRÉDITO INTERNACIONAL, os nacionais não servem para usar aqui.

3. Western Union 


Nesse tipo de operação, o beneficiário não paga qualquer taxa para sacar o dinheiro. Os custos ficam a cargo do depositante, que deve preencher uma ficha especificando o local, a quantia e o nome de quem irá receber o dinheiro. em seguida, será emitido um número de controle de transferência de dinheiro, mais conhecido pela sigla MTCN, que permite o rastreamento do processo pela internet. A grande vantagem é que não é preciso ter conta em banco para resgatar a quantia. Menos de 24 horas depois, o dinheiro poderá ser retirado em uma das agências autorizadas. No Brasil, normalmente o serviço é oferecido pelo Banco do Brasil e em algumas agências de câmbio e turismo.
Nunca utilizai esse tipo de serviço, porque quando fui ver como funcionava, achei as taxas um pouco altas, o custo do serviço na minha opinião não compensa.
A taxa do envio de dinheiro através da Western Union pelo Banco do Brasil parte de 21 dólares para transferência de até 200 dólares e chega a 287 dólares para remessas superiores a 10.000 dólares. Trocando em miúdos, quanto menos o valor proporcionalmente mais caros será o serviço, sendo que a taxa cobrada pode chegar a 10% do valor remetido. Além disso, o pagamento em espécie só e disponível até 4.000 reais. Se quiser recolher mais do isso, o beneficiário deve comparecer com 48 horas de antecedência á agência onde irá retirar o dinheiro para fazer uma notificação.
Existem outras empresas que prestam esse mesmo tipo de serviço.


4. Tranferência bancária por ordem de pagamento 


Quem optar por receber dinheiro através de uma transferência bancária poderá utilizar praticamente qualquer agência para fazê-lo. Basta quem vai enviar ir até a instituição financeira de sua preferência e solicitar o envio dos recursos por meio da chamada ordem de pagamento. A característica principal desta operação é que o beneficiário deve necessariamente ter uma conta bancária. Ademais, ambas as instituições cobrarão pelo serviço. Assim, quem estiver enviando o dinheiro desembolsará uma taca para que o dinheiro chegue ao destino pretendido, mesmo não sendo correntista do banco contatado.
A tarifa é conhecida como ordem de pagamento expedida.
A desvantagem desse tipo de operação é a cobrança de custos dos dois lados, de quem envia e de quem recebe.
Na minha opinião é uma das piores formas de receber dinheiro por aqui, mas não deixa de ser uma opção.


5. Visa Travel Money (http://www.rendimento.com.br/?c=769) 


É o cartão pré-pago internacional, emitido pelo banco rendimento, ele é aceito para comprar em quase 30 milhões de estabelecimentos e para saque em moeda local em mais de 1 milhão de caixas automáticos no exterior. O cartão também pode ser recarregado a qualquer hora, as recargas são convertidas para dólar, então se depositarem 1000 reais no seu cartão, você irá visualizar o saldo em dólar. Você poderá visualizar o saldo ou o extrato pela internet.
Você deve estar se perguntando: Como assim um cartão pré-pago?
Bom, você só poderá utilizá-lo se você tiver saldo nele, portanto não é um cartão de crédito, onde você possui um determinado limite, o limite é o depósito que fizeram nesse cartão.
Não é necessário ter conta em banco, e eu particularmente gosto muito dele, porque eu consigo usar como débito por aqui, não é cobrado nenhuma taxa por isso, só é cobrado taxa quando realizo algum saque, e as taxas cobradas são as mesmas que as dos bancos, 2,50 dólares +16.50 pesos, por cada saque de 1000 pesos.
Para solicitar um Visa Travel não é difícil, basta você procurar o Banco do Brasil ou uma casa de câmbio que trabalhe com ele. O único inconveniente é que uma determinada pessoa ficará responsável pelos depósitos, então, quando você for fazer o cartão essa pessoa terá que ir com você para assinar como responsável pelos depósitos, não se preocupe, essa pessoa só é responsável pelo depósito e mais nada.
De todas as formas que relacionei, é a que eu mais gosto, o custo benefício é muito bom.


6. Trazer dinheiro "vivo"

Outra maneira de economizar muito é trazer o dinheiro suficiente para você se manter por aqui até sua próxima ida ao Brasil, eu sei que é complicado porque as vezes não temos como fazer isso, mas também é uma possibilidade.
O limite máximo que podemos carregar em uma viagem sem ter que declarar para a receita federal são R$ 10.000, mais que esse valor tem que declarar. Caso pretenda transportar mais do que isso, será preciso fazer a chamada Declaração de Porte de Valores (DPV) na alfândega. É importante frisar que não há qualquer limite para a quantidade de dinheiro levada para outros países. Também não são cobrados impostos ou taxas sobre o dinheiro. Basta cumpri as exigência da Receita Federal, que orienta o passageiro a completar o formulário com antecedência através do endereço disponível na internet (https://www4.receita.fazenda.gov.br/dpv-viajante/).
De qualquer forma, apenas o preenchimento do formulário não atesta que o dinheiro foi devidamente declarado. É necessário comparecer às alfândega para apresentá-lo junto com a passagem, o passaporte e o contrato do câmbio, se esse for o caso. A quantia informada será então checada cédula a cédula para que o embarque seja enfim legalizado e esse procedimento se repetirá na chegada ao país.
Espero que tenham gostado dessa postagem, eu achei que seria um tema bem interessante a ser abordado.
Beijo a todos.

3 comentários:

  1. Ei Patyyy...como sempre, as postagens são sempre uteis sim...!!! Agora surgiu um dúvida, com relação ao cartão pré-pago internacional, o Banco do Brasil e a casa de cambio que vc fala pode ser o banco do Brasil na minha cidade????bjim..Obrigada pela atenção.

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  2. Amis, tanto a casa de câmbio quanto o Banco do Brasil tem que ser na sua cidade mesmo, pq fica mais fácil para quem vai realizar os depósitos. Basta você saber se o Banco do Brasil da sua cidade tem esse tipo de serviço, ou se tem alguma casa de câmbio que disponibiliza o Visa Travel. Beijo.

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