Gente, mas fala se não é uó esse tipo de atitude (vão entender quando
ler a reportagem abaixo)?
Papelão dos alunos do 6º ano se prestarem a uma coisa dessas, fazendo
bocoite a uma prova que nem reprova, é só se apresentar e perder algumas
horinhas para preencher o cartão de respostas, se não quiserem nem precisam ler
a prova, kkk.
Eu acho mesmo que
tem que mudar a Constituição Federal e passar a ser obrigatória, com nota de
corte, igual a OAB. Tem que mudar isso, se para ser advogado esse tipo de prova
é importante e existe, imagina para ser médico? Não estou desmerecendo nenhuma
carreira, só acho que as obrigações devem ser as mesmas para todas as
carreiras, mas principalmente para a área da saúde, lidam com pessoas, vidas, e
não com papeis, apesar dos papeis serem muito importantes, mas pessoas são
mais.
Isso tem que
mudar, e o quanto antes.
Abaixo segue a reportagem que é do Jornal ATribuna.
Estudantes
do sexto ano de Medicina prometem boicotar o exame de inscrição ao Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Marcada para este
domingo, essa será a primeira vez que a avaliação dos futuros médicos é
obrigatória para o profissional entrar no mercado de trabalho. Em Santos, não
há movimentos para sabotar a prova.
A mobilização pelo boicote está concentrada nas universidades públicas paulistas. Em setembro, os alunos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) lançaram um abaixo-assinado que já tem mais de 2.000 assinaturas. Estudantes das demais instituições sinalizam para a adesão.
A avaliação foi criada em 2005 em caráter optativo. Agora, os futuros médicos precisarão apresentar a declaração de participação no exame para obter o registro profissional.
Em carta, a Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem) acrescenta que a prova “tem problemas metodológicos de avaliação e políticos de interpretação dos problemas da educação médica e da realidade do nosso País”.
Além do comparecimento, o participante não deve entregar a prova em branco ou anular de outra forma o preenchimento do cartão de respostas. Porém, como o desempenho ruim não compromete o ingresso à carreira, lideranças estudantis recomendam que os alunos se recusem a realizar o exame.
Eles orientam que seja marcada, em todas as questões de múltipla escolha, a alternativa B (de boicote). “Obrigatório é a presença. Não haverá nenhuma atitude punitiva (em caso de desempenho abaixo da média)”, diz o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Ricardo Diniz.
Em Santos, uma das 10 cidades paulistas a realizar o exame, 185 alunos estão aptos para a avaliação. O alto índice de adesão é fruto da decisão do Cremesp, que arquivará numa “ficha suja” o nome do estudante que não participar da avaliação. Segundo a entidade, o “ato de rebeldia” ficará para sempre na pasta do futuro médico.
O órgão afirma que a obrigatoriedade da prova deu-se após a aplicação facultativa de testes para demonstrar uma enorme deficiência dos profissionais examinados.
Nos últimos 7 anos, período em que foi aplicado o exame, quase metade dos graduandos se revelou incapaz de exercer a profissão. Dos 4.821 participantes das provas, entre 2005 e 2011, 46,7% foram reprovados.
Por lei, o Cremesp não pode condicionar o registro à aprovação em uma avaliação teórica. Isso exigiria uma mudança na Constituição Federal, como a que instituiu o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O cenário, entretanto, é debatido nos ministérios da Saúde e Educação, em Brasília.
Conforme a entidade dos médicos paulistas, a proposta tem por objetivo melhorar a qualidade do ensino nos 36 cursos de Medicina no Estado. O resultado da avaliação é individual e confidencial.
Composta por 120 questões objetivas de múltipla escolha, a prova abrange teorias das áreas básicas do conhecimento médico.
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