quinta-feira, 19 de agosto de 2010

FEBRE AMARELA




Achei importante comentar algo sobre a febre amarela...Então vamos lá...
A doença é transmitida por mosquitos e ocorre exclusivamente na América Central, América do Sul e África.
Para que ocorra a transmissão é necessário receber uma picada do mosquito. Uma pessoa não transmite febre amarela para outra diretamente, mas pode ocorrer da seguinte maneira, se um mosquito picar uma pessoa infectada (isso depois que o vírus se multiplicou na pessoa), esse mesmo mosquito pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.
O Aëdes aegypti (mosquito da dengue) torna-se capaz de transmitir o vírus da febre amarela 9 a 12 dias após ter picado uma pessoa infectada. Durante a gestação, embora não seja comum, pode ocorrer transmissão para o concepto através da placenta, o que também é observado em infeccções causadas por outros flavivírus (como o dengue).
O Aëdes aegypti, atualmente, está presente em cerca de 3600 municípios brasileiros. As localidades infestadas pelo Aëdes aegypti têm risco potencial de reintrodução da febre amarela.

A maioria das pessoas infectadas com o vírus da febre amarela desenvolve sintomas discretos ou não apresenta manifestações da doença. Os sintomas da febre amarela, quando ocorrem, em geral aparecem entre 3 e 6 dias (período de incubação) após a picada de um mosquito infectado. As manifestações iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Em algumas horas podem surgir náuseas, vômitos e, eventualmente, diarréia. Após três ou quatro dias, cerca de 85% dos doentes recuperam-se completamente e ficam permanentemente imunizados contra a doença.

Cerca de 15% das pessoas que apresentam os sintomas evoluem de forma grave, que tem alta letalidade.

Em geral, um ou dois dias após um período de aparente melhora (que pode não existir) há reexacerbação dos sintomas. A febre reaparece e a pessoa então passa a apresenta dor abdominal, diarréia e vômitos. Os vômitos e as fezes podem ser hemorrágicos ("negros"). Surgem icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite) e manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. Como conseqüência, pode haver diminuição do volume urinário até a anúria total e coma. A evolução para a morte pode ocorrer em até 50% das formas graves, mesmo nas melhores condições de assistência médica. As pessoas que sobrevivem, recuperam-se totalmente.

A febre amarela não tem tratamento específico. As pessoas com suspeita de febre amarela devem ser internadas para investigação diagnostica e tratamento de suporte, que é feito basicamente com hidratação e antitérmicos. Não deve ser utilizado remédio para dor ou para febre que contenha ácido acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.), que pode aumentar o risco de sangramentos. Pelo menos durante os cinco primeiros dias de doença é imprescindível que estejam protegidas com mosquiteiros, uma vez que durante esse período podem ser fontes de infecção para o Aëdes aegypti.

Portanto, é recomendado para quem pretende viajar, seja vacinado ao se dirigir para qualquer área, mesmo as urbanas de todos os países, inclusive o Brasil. A vacina deve ser aplicada com pelo menos dez dias de antecedência em relação à viagem.

Depois de receber a vacina contra febre amarela será necessário a emissão do Certificado Internacional de Vacinação, que é realizada exclusivamente pela Anvisa. As pessoas vacinadas nos Centros Municipais de Saúde e que posteriormente necessitem do Certificado Internacional devem procurar os postos da Anisa, munidas do Cartão Nacional de Vacinação, corretamente preenchido. O Certificado tem validade por 10 anos (que será quando terá que tomar outra vez a mesma vacina), a contar a partir do décimo dia da primeira aplicação da vacina e validade imediata nas aplicações subsequentes.

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